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O II Simpósio Internacional de História e a V Semana de História do IETU é um evento híbrido e tem como temática desta edição A Amazônia em suas múltiplas temporalidades. O II Simpósio Internacional de História do IETU busca dar continuidade ao processo de internacionalização das pesquisas e consolidação cada vez maior da relação da Unifesspa (campus Xinguara) com outras universidades nacionais e internacionais. Desse modo, o evento proporcionará aos estudantes da graduação e da pós-graduação (Mestrado Profissional em História) a oportunidade de apresentarem e debaterem suas pesquisas junto a um coletivo amplo e diverso, a partir do diálogo com diferentes pesquisadores de diversas partes do Brasil, bem como de outros países. A temática do evento, A Amazônia em suas múltiplas temporalidades, chama atenção para a necessidade de se compreender a região amazônica em diferentes momentos históricos, ressaltando assim a importância de a compreendermos enquanto um espaço marcado pela coexistência de diferentes sujeitos, histórias e temporalidades.
Título | Data Início | Data Fim |
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A Amazônia negra e a História ensinada: educação das relações étnico-raciais após vinte anos da Lei 10.639/2003 | 30/11/2022 | 02/12/2022 |
Proponentes: Luciana Silva Teixeira e Edival Magalhães dos Santos Ementa Lei 10.639/2003. Educação das relações étnico-raciais. Representação negra nos livros didáticos de História da educação básica. Tendências, problemáticas e temáticas étnico-raciais na história ensinada. Histórias. O perigo da história única. Por outras formas de se pensar e escrever a história dos afro-brasileiros. Educação e diversidade na Amazônia. Por uma educação antirracista nas escolas. Representatividade negra feminina nos livros de história. Representatividade negra na literatura brasileira. Por que ler e estudar a história do povo negro na escola? De Carolina Maria de Jesus a Conceição Evaristo. Zumbi e Toussaint L'Ouverture, por umahistória decolonial. Por que ler intelectuais negros contemporâneos? Objetivo Este minicurso propõe uma reflexão sobre a presença (ou ausência) do povo negro na História, com ênfase no ensino que se ministra nas escolas públicas paraenses, dando destaque ao Sul e Sudeste do Pará. Pretendemos também, neste curto espaço de tempo, problematizar de maneira crítica o ensino de história referente a educação étnico racial propondo uma educação que respeite e valorize a diversidade étnico-social e cultural amazônica. Atividades 1o dia 30/11/2022 (quarta-feira) Iniciaremos com uma breve atividade escrita para diagnose sobre o que conhecemos da história africana e afro-brasileira. Em seguida uma breve discussão sobre os avanços, mudanças e/ou permanência do ensino após a Lei 10.639/2003 com base em livros didáticos de história através analises de trechos de textos e imagens de manuais didáticos. Problematizar a ausência do povo negro nas aulas de História, em especial sobre a população negra do Pará. Nesta atividade, os participantes poderão apresentar sinteticamente suas experiências com atividades que desenvolvem em classe sobre as relações étnico-raciais na Amazônia para além da temática sobre escravidão. 2o dia 01/12/2022 (quinta-feira) Iniciaremos com algumas reflexões sobre que tipo de História está sendo ensinada aos alunos e de como é perigoso conhecer apenas uma versão da história. Apresentar e comentar brevemente sobre a obra O perigo de uma história única da intelectual nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Discutir brevemente a importância do pensamento decolonial no ensino de História utilizando como exemplo os líderes Zumbi e Toussaint L'Ouverture. Nesta atividade será feita um exercício sobre personalidades negras brasileiras. Finalizando com uma atividade de identificação de personalidades negras. 3o dia 02/12/2022 (sexta-feira) Apresentaremos algumas escritoras e escritores negros para serem estudados nas aulas de História e Língua Portuguesa como uma proposta interdisciplinar (de Maria Carolina de Jesus a Conceição Evaristo). Tomando como referência a obra Pequeno manual antirracista de Djamila Ribeiro, refletiremos criticamente sobre a importância da representatividade para as crianças e a juventude negra. Analisar de maneira reflexiva e crítica como o estudo da diversidade pode contribuir para uma luta antirracista. Concluiremos com uma atividade escrita onde os participantes, em dupla ou trio, elaborarão um plano de aula propondo uma atividade de cunho antirracista para seus alunos. Referências Bibliográficas ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Cia das Letras, 2019. COELHO, Wilma de Nazaré Baia; SANTOS, Raquel Amorim; SILVA, Rosângela Maria de Nazaré Barbosa. Educação e diversidade na Amazônia. 2. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2015. COELHO, Wilma de Nazaré Baia. Educação e Relações raciais: Conceituação e Historicidade. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010. COSTA, Warley da. Negro na sala de aula de história: currículo e produção da diferença. Rio de Janeiro: Mauad X, 2019. DUARTE, Eduardo de Assis. Literatura afro-brasileira: 100 autores do século XVII ao XXI. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2014. FRACARRO, Gláucia; RIBEIRO, Renilson Rocha; VALÉRIO, Mairon Escorsi (Org.). O negro em folhas brancas: ensaios sobre as imagens do negro nos livros didáticos de História do Brasil (Últimas décadas do século XX). Curitiba: Appris, 2019. GUIMARÃES, Maristela Abadia; SILVA, Jorge Silveira da. (Org.). Haiti: onde a negritude se pôs de pé e a interface com a história do Brasil. In: CEREZER, Osvaldo Mariotto; MENDES, Luiís César Castrillon; RIBEIRO, Renilson Rosa. (Org.). Diversidade étnico-racial e as tramas da escrita: historiografia, memória e ensino de história afro-brasileira na contemporaneidade. Curitiba: Appris, 2020. JALES, Luanna. Visibilidade histórica para mulheres, negros e indígenas. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PINSKY, Jaime (Org.). Novos combates pela História: desafios e ensino. São Paulo: Contexto, 2021. MELO, Patrícia Alves. (Org.). O fim do Silêncio: presença negra na Amazônia. 2. ed. ver. ampl. Curitiba: CRV, 2021. MUNANGA, Kabengele. (Org.). Superando o racismo na escola. 2a edição revisada. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. _______. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil hoje? Revista do Instituto de Estudos brasileiros, Brasil, n. 62, p. 20-31, dez. 2015. NETO, José Maia Bezerra. Escravidão Negra no Grão-Pará (Séculos XVII - XIX). 2. ed. ver. ampl. Belém: Paka-Tatu, 2012. PEREIRA, Amílcar Araujo; MONTEIRO, Ana Maria; (Org.). Ensino de História e cultura afro-brasileiras e indígenas. Rio de Janeiro: Pallas, 2013. RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Educação das relações étnico-raciais: pensando referências para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza edições, 2011. SALLES, Vicente. O negro na formação da sociedade paraense. Belém: Paka-Tatu. 2004. _______. O negro no Pará sob o regime da escravidão. 3. ed. ver. ampl. Belém: IAP, 2006. SANTOS, Ynaê Lopes dos. História da África e do Brasil afrodescendente. Rio de Janeiro: Faperj/Pallas, 2020. |
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Lidando com Conflitos no Ambiente Escolar | 30/11/2022 | 02/12/2022 |
Proponentes: Leidiane Ramos de Azevedo e Adriana Terra da Silva Barros Santos Ementa: Os pilares da Educação do Futuro (Aprender a conviver). Educação Socioemocional. História da Mediação. Métodos de resolução de conflitos. Comunicação Não-Violenta. Círculos de diálogo. Objetivos: Contribuir com o trabalho docente em sua dimensão relacional, trazendo ferramentas que auxiliem na compreensão da própria condição pessoal, além de oferecer suporte para o desenvolvimento das competências socioemocionais dos estudantes. Oferecer subsídios para que o professor identifique ocasiões no cotidiano escolar, passíveis de serem trabalhadas na expectativa de cultivar atitudes e valores compatíveis com a construção de uma cultura de paz e diálogo. Refletir sobre a prática pedagógica diante dos desafios de se fazer uma educação pensando a formação integral do sujeito. Atividades: As atividades serão desenvolvidas usando o método circular vivencial, onde em cada encontro serão trabalhados os conteúdos da ementa com base nas experiências dos cursistas. Dia 1 Círculo de autoconhecimento e autocuidado Dia 2 Círculo de construção de vínculos Dia 3 Círculo de resolução de conflitos Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018 DELORS, J. Os quatro pilares da educação. In: DELORS, J. et. al. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, p. 89, 1998. MOORE, Cristopher W. O processo de mediação: estratégias práticas para a resolução consensual de conflitos. 2ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 1998. ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais; tradução de Mário Vilela. São Paulo: Ágora, 2006 ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
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Quem conta um conto aumenta um ponto: história oral e ensino de história | 30/11/2022 | 02/12/2022 |
Proponentes: FRANCISCO ÉVERTON PEREIRA E POLIANA FERREIRA HONOSTÓRIO Ementa: História Oral enquanto metodologia de pesquisa em História. Concepções de fonte oral e tradição oral. Fonte Oral: abordagens e procedimentos específicos. O papel do historiador na produção da Fonte Oral. As relações entre História Oral, Memória, Narrativa e Subjetividade. Usos e abusos da História Oral. As possibilidades de uso da Fonte Oral como recurso didático no Ensino de História. Objetivos: Objetivamos com o minicurso proposto refletir acerca da relevância do uso da História Oral como metodologia de pesquisa historiográfica e das possibilidades de usos da fonte oral no Ensino de História. Atividades propostas: 30/11 Elaboração de mapa conceitual sobre os principais conceitos trabalhados no campo da História Oral, como os conceitos de Fonte oral, Tradição oral, Memória, Narrativa e Subjetividade. 01/12 - Análise de trecho do filme O povo aumenta, mas não inventa narradores de Javé (2004), direção de Eliane Caffé. (espera-se que os ouvintes sejam capazes de identificar as práticas e procedimentos metodológicas da História Oral apresentados no filme, relacionando-os com os conceitos debatidos no encontro anterior). 02/12 Discussão e elaboração de roteiro de entrevista para ser aplicada como recurso didático em sala de aula.
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