Rodoviarismo, expansão urbana e desmatamento: a imobilidade e insustentabilidade do planejamento urbano e regional
A partir da década
de 1960 testemunhamos a expansão e a consolidação da cultura do rodoviarismo no
Brasil, modelo insustentável no qual privilegia-se o transporte individual
sobre rodas, sobretudo de carros. As consequências de tais escolhas recaem
sobre indivíduos, comunidades e cidades nas escalas locais, regionais e
nacionais, afetando a qualidade de vida cotidiana de trabalhadores em seus
deslocamentos, influenciando nas economias locais e até no desmatamento, como
visto no sudeste paraense. Em Marabá, como em muitas outras cidades
brasileiras, a expansão urbana, ditada pela especulação imobiliária, apoia-se
fortemente no modelo rodoviarista, resultando em alto consumo de terras para
fins urbanos, longas distâncias, alto custo e ineficiência dos transportes.
Apesar de temas como mobilidade e sustentabilidade estarem cada vez mais
presentes no campo teórico do planejamento urbano e regional, infelizmente
ainda não correspondem às práticas e dinâmicas nas nossas cidades, tornando
urgente a discussão e reconceituação dos mesmos.
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA Mesa de Debate I: Mobilidade Urbana - 25/08/2022 10:51 - 11:59